" A Infância é o tempo de maior criatividade na vida de um ser Humano". ( J.PIAGET )
sábado, 14 de dezembro de 2013
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
Movimento: "por que ele é tão importante"
"Confira como organizar o espaço da creche com a finalidade de estimular a linguagem corporal para impulsionar o desenvolvimento físico e cognitivo dos pequenos"
Um dos primeiros movimentos que os bebês executam logo ao nascer é sugar. Com o passar do tempo, o repertório aumenta e é aperfeiçoado com base no contato com o entorno, as pessoas e os objetos. Essa oportunidade é importante para garantir a sobrevivência dos pequenos e a comunicação deles com o ambiente antes da aquisição da linguagem oral. Por meio de gestos, eles exploram e conhecem o mundo em que vivem. Esse estágio foi descrito como sensório-motor (ou projetivo) pelo médico, psicólogo e filósofo francês Henri Wallon (1879-1962).
Na creche, trabalhar a temática do movimento requer planejamento. A ausência de berços, somada a atividades de dança que envolvem gestos repetitivos e coreografados e os tradicionais circuitos que desafiam a turma a descer, subir, rolar, entrar e sair, é interessante. Mas é preciso garantir ainda mais, pensar em propostas que desafiem as crianças constantemente a ir e vir, a explorar ações que ainda desconheçam, a experimentar sensações e a conhecer o próprio corpo, possibilidades e limites. Para isso, organizar a sala com elementos pertinentes e espaços livres é essencial.
Não existe uma fórmula para criar um ambiente corporalmente desafiador. No entanto, bons exemplos podem ajudar, mostrando como o espaço deve ser organizado para favorecer a pesquisa de movimentos e a estimulação dos sentidos da criançada. A foto acima apresenta uma das salas da CEI Nossa Senhora das Graças. Observe que a diversidade é contemplada para além do tipo de objeto. A disposição e o tamanho de cada um são pensados pelos educadores.
Essa preocupação, de acordo com o livro Educação de Bebés em Infantários (Jacalyn Post e Mary Hohmann, Ed. Fundação Calouste Gulbenkian, 380 págs., edição esgotada), é importante para incentivar diversas interações. Objetos grandes e pequenos, colocados no alto e mais próximos ao chão, permitem que os bebês investiguem meios de alcançar todos eles. Além disso, garantir que na sala existam peças grandes, como as de mobiliário, evita que eles vejam o adulto como um gigante.
Além de garantir um bom trabalho com movimento, essas intervenções rendem frutos para a construção e o desenvolvimento da autonomia e da identidade, outro eixo fundamental na Educação Infantil. Segundo Ana Lúcia Bresciane, psicóloga e formadora de professores, o desenvolvimento motor favorece as descobertas e a expressão de sensações e sentimentos, promovendo a comunicação segundo as marcas simbólicas, próprias da cultura infantil. Nara de Oliveira, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), completa: "Pensar de forma opositiva, corpo versus mente, só reforça estereótipos". Então, aproveite ao máximo as oportunidades de pôr a turma para se mexer.
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
sábado, 30 de novembro de 2013
O valor da interação na pré-escola
O valor da interação na pré-escola
" Trabalhar junto com os colegas é uma ótima maneira de aprender, fazendo o que os especialistas chamam de construção colaborativa do conhecimento"
A forma mais comum de incentivar a interação no dia a dia é dividir a turma em grupos. Mas é preciso garantir que essa forma de trabalho gere bons frutos. Infelizmente, ainda é comum os pequenos nem conversarem entre si até o professor dar orientações sobre o que fazer. O professor César Coll, do Departamento de Psicologia Evolutiva e da Educação da Universidade de Barcelona, na Espanha, desenvolveu uma teoria para explicar a influência positiva da relação entre os pequenos na escola - e a batizou de construção colaborativa do conhecimento. Segundo Coll, a aprendizagem se dá justamente no momento em que as crianças, no auge do conflito de idéias, precisam buscar soluções. Muita gente ainda acha que elas não vão conseguir encontrar conclusões coletivas baseadas em suas hipóteses individuais e que, portanto, o melhor é dar as respostas certas de uma vez. "Cabe ao educador compreender que também as crianças podem construir o saber, que o conhecimento não está apenas nas mãos dele", diz a consultora pedagógica de NOVA ESCOLA, Regina Scarpa.
César Coll apóia sua teoria nas idéias do suíço Jean Piaget (1896-1980) e do russo Lev Vygotsky (1896-1934). "É necessário que o professor deixe de ser um mero conferencista e estimule a pesquisa e o esforço, em vez de se contentar com a transmissão de soluções já prontas", escreveu Piaget em Para Que Serve a Educação?, de 1973. Segundo ele, a criança não é um robô, que apenas retém as informações tal como elas lhe são apresentadas, mas um sujeito que interpreta o que a escola se propõe a ensinar. Em outras palavras, toda criança constrói o conhecimento intermediada pelo outro.
Já Vygotsky diz que as interações sociais são as alavancas do processo educativo. Segundo ele, é essencial a turma travar contato com o maior número de pessoas, adultos e crianças, inclusive os colegas, numa relação de ajuda mútua. A você cabe o papel de ampliar o conhecimento, mas sempre partindo do que cada criança já sabe, com base em suas experiências prévias dentro e fora da escola. Escreveu Vygotsky: "Tanto quem ensina como quem recebe a informação aprende, pois, ao ensinar, o parceiro mais experiente reorganiza seu conhecimento e assim sabe cada vez mais".
terça-feira, 26 de novembro de 2013
TEMAS DO COTIDIANO
"Prevenindo acidentes na escola"
Conscientizar os alunos é uma das soluções para a prevenção de acidentes.
Quando se trabalha com crianças é importante preparar-se para lidar com as situações inesperadas; neste caso, o melhor meio de superá-las refere-se à prevenção. Apesar disso, facilmente encontra-se professor que já enfrentou um acontecimento imprevisível onde não tiveram tempo de evitar que a criança se machucasse.
Pensando na questão, sugere-se algumas dicas de primeiros socorros que poderão ser proveitosas no dia-a-dia na escola. É essencial que a instituição disponha cursos de primeiros socorros e, se possível, um profissional especializado de plantão. Com os alunos o tema poderá ser abordado fazendo-os entender que prevenir é a melhor solução. Para isso propõe-se então a seguinte prática:
• A fim de que as situações de perigo sejam identificadas e elaboradas estratégias de prevenção de acidentes, planeje uma cena na qual aparecem várias crianças brincando em um parque;
• Peça aos alunos para tentar descobrir os possíveis acidentes que podem acontecer, uma vez que trabalhar com a antecedência dos fatos proporciona um bom exercício mental;
• Posteriormente, proponha aos alunos a troca de informações, assim poderão perceber que alguns acidentes ocorrem por acaso, enquanto vários outros podem ser evitados;
Sobre cada um dos acidentes mencionados pelo grupo, estimule-
• os a refletir as formas de prevenção. Peça que façam um novo cartaz com as maneiras corretas de brincar.
Os materiais utilizados para tal atividade são: folhas de papel sulfite tamanho A4, lápis coloridos, molde de crianças brincando no parquinho, tesoura com ponta arredondada e quadro com dicas de primeiros socorros para os professores.
Pensando na questão, sugere-se algumas dicas de primeiros socorros que poderão ser proveitosas no dia-a-dia na escola. É essencial que a instituição disponha cursos de primeiros socorros e, se possível, um profissional especializado de plantão. Com os alunos o tema poderá ser abordado fazendo-os entender que prevenir é a melhor solução. Para isso propõe-se então a seguinte prática:
• A fim de que as situações de perigo sejam identificadas e elaboradas estratégias de prevenção de acidentes, planeje uma cena na qual aparecem várias crianças brincando em um parque;
• Peça aos alunos para tentar descobrir os possíveis acidentes que podem acontecer, uma vez que trabalhar com a antecedência dos fatos proporciona um bom exercício mental;
• Posteriormente, proponha aos alunos a troca de informações, assim poderão perceber que alguns acidentes ocorrem por acaso, enquanto vários outros podem ser evitados;
Sobre cada um dos acidentes mencionados pelo grupo, estimule-
• os a refletir as formas de prevenção. Peça que façam um novo cartaz com as maneiras corretas de brincar.
Os materiais utilizados para tal atividade são: folhas de papel sulfite tamanho A4, lápis coloridos, molde de crianças brincando no parquinho, tesoura com ponta arredondada e quadro com dicas de primeiros socorros para os professores.
Por Patrícia Lopes
Graduada em Psicologia
Equipe Brasil Escola
Graduada em Psicologia
Equipe Brasil Escola
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
"Para estimular o raciocínio da criança é deixá-la brincar"
Brincar é Aprender
Após uma série de teorias sobre o desenvolvimento da inteligência infantil, ressurgem autores defendendo que o melhor a fazer para estimular o raciocínio da criança é deixá-la brincar
por: Rose Campos é jornalista e escreve sobre Psicologia.
Entre roupinhas, fraldas, carrinho, banheira e o berço, os pais hoje têm acrescentado à lista do enxoval do futuro filho uma série de itens especiais. São artigos como CDs, DVDs e brinquedos educativos voltados especificamente para a estimulação do cérebro do bebê. Não há nada de mau no desejo dos pais - ou futuros pais - de fazerem o que estiver ao seu alcance para que os filhos recebam os estímulos necessários para seu desenvolvimento sadio. No entanto, é preciso pensar por que tanta ansiedade em ver a criança se desenvolvendo rápido, e se possível antes das outras. E lembrar que ainda não surgiram evidências científicas suficientes de que toda a parafernália à venda com o propósito de incrementar e acelerar o desempenho infantil de fato cumpram esse objetivo.
No livro Einstein teve tempo para brincar - Como nossos filhos realmente aprendem e por que eles precisam brincar (Editora Guarda-Chuva, 2006), lançado em 2003 nos EUA e recentemente editado no Brasil, autoras que além do foco profissional na infância também são mães, investigam melhor o assunto, dividindo suas próprias angústias e incertezas com o leitor.
Kathy Hirsh-Pasek dirige o Laboratório de Linguagem Infantil do departamento de Psicologia da Universidade de Temple (EUA), é mãe de três filhos, compõe e interpreta músicas para crianças. Roberta Michnick Golinkoff é professora titular da Faculdade de Pedagogia e dos departamentos de Lingüística e de Psicologia da Universidade de Delaware (EUA) e mãe de um casal de filhos. Ambas já haviam escrito anteriormente How Babies Talk (Como os Bebês Falam) (Penguin, USA 2000) e produzido a série para a TV Human Language (Linguagem Humana).
No livro contam com a colaboração da psicóloga Diane Eyer, professora na Universidade de Temple e aclamada autora de livros sobre a maternidade, entre eles Motherguilt (A Culpabilidade Materna) (Crown, 1996) e Mother-Infant Bonding (A Formação do Vínculo Mãe-Bebê) (Yale University Press, 1992).
A idéia principal não é necessariamente inédita. David Elkind, da Universidade de Tufts (EUA), foi um dos que abordaram o assunto anteriormente. Escreveu, em meados dos anos 1980, Sem tempo para ser criança: a infância estressada (Artmed, 2003), hoje um clássico sobre o tema. Elkind questiona uma prematura e desastrosa "adultificação" das crianças. As idéias defendidas por ele foram usadas como referência e serviram de inspiração para as autoras, que aprofundaram as pesquisas sobre o assunto.
domingo, 24 de novembro de 2013
sábado, 23 de novembro de 2013
Brinquedo certo para cada idade
O BRINQUEDO CERTO PARA CADA IDADE
Escolher o brinquedo certo para cada fase do desenvolvimento infantil permite que os pequenos aprendam (e muito) com vários modelos.
Mas o que levar em conta na hora de escolher brinquedos para utilizar num ambiente escolar?O melhor é basear-se nas etapas do desenvolvimento infantil e nos grandes marcos das conquistas motoras, como sentar, engatinhar e andar. O bom brinquedo é aquele que atende às necessidades e possibilidades de cada fase sem se ater à indicação de idade. No entanto, de nada adianta encher uma sala com diferentes tipos e não ensinar a brincar. Além de fazer uma boa seleção, é seu papel mostrar as funções de cada brinquedo para que todos sejam aproveitados ao máximo.Os primeiros anos de vida são o período mais importante para estimular os sentidos e a curiosidade sobre o mundo. E o brinquedo desempenha um importante papel nesse processo. É um acessório da aprendizagem na creche porque é por ele que os pequenos estabelecem relações com tudo o que os cerca", diz a especialista em brincar Adriana Friedmann. Ainda no berço, o bebê provoca um ato sem intenção e, estimulado pela reação, o repete. Até os seis meses, a exploração dos objetos é instintiva e ele se sente estimulado a pegar o que vê pela frente para colocar na boca. Mas o que levar em conta na hora de escolher brinquedos para utilizar num ambiente escolar? O melhor é basear-se nas etapas do desenvolvimento infantil e nos grandes marcos das conquistas motoras, como sentar, engatinhar e andar. O bom brinquedo é aquele que atende às necessidades e possibilidades de cada fase sem se ater à indicação de idade. No entanto, de nada adianta encher uma sala com diferentes tipos e não ensinar a brincar. Além de fazer uma boa seleção, é seu papel mostrar as funções de cada brinquedo para que todos sejam aproveitados ao máximo.
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
BRINCAR É EXPLORAR
BRINCAR É EXPLORAR
Objetivos - Organizar um ambiente interno com diversas opções de jogos de exercício.
- Favorecer o movimento da criança e a exploração de materiais.
- Favorecer o movimento da criança e a exploração de materiais.
Tempo estimado
Durante o ano todo.
Material necessário Jogos de exercício variados, brinquedos de encaixar, instrumentos musicais, rolos ou blocos de espuma, bolas, material reciclável etc.
Desenvolvimento 1ª etapa
Ao conceber um espaço para receber jogos de exercício, dedique algum tempo para analisar a quantidade e a qualidade dos brinquedos disponíveis. Sobre a quantidade, é importante verificar se há material suficiente para todos. Nessa faixa etária, deve haver um bom número do mesmo tipo para que os pequenos possam explorar sozinhos ou compartilhar com os colegas - nesse último caso, em atividades que não exijam tempo de espera, adaptadas ao comportamento dessa faixa etária. Sobre a qualidade, os objetos devem ser feitos de materiais seguros, com tamanhos maiores que o da boca dos bebês aberta e com diferentes cores e texturas.
2ª etapa
Organize os brinquedos em cantos diferenciados, de acordo com a habilidade que cada um deles possibilita desenvolver. Por exemplo, colchões, almofadas e rolos num lado da sala, opções de jogos para encaixar e empilhar em outro e instrumentos em uma prateleira ao alcance da turma. Com o tempo, as crianças podem ajudar na reformulação dos ambientes. Para entender a mensagem delas, atenção ao modo como se comportam os pequenos. Se reparar que há um canto aonde ninguém vai - ou que deixou de ser popular depois de algumas semanas de diversão -, vale a pena reorganizar os materiais e acrescentar novos elementos.
3ª etapa
Quando começar o momento da brincadeira, investigue de que forma os materiais disponíveis são usados. Com base nas descobertas, devem surgir outras possibilidades de exploração. Aqueles que começam a reagir aos brinquedos com sons, por exemplo, vão adorar experimentar diferentes instrumentos. Já os que conseguem empilhar peças podem brincar com cubos de diversos tamanhos e, assim, testar cada vez mais os limites de equilíbrio de uma torre.
4ª etapa
Atenção à questão do tempo: os pequenos costumam demorar mais para se envolver com um brinquedo. Eles chegam perto, mexem um pouco, largam e voltam. A noção de permanência vem com a experiência. Por isso, é importante não mudar os jogos com muita freqüência. Ao longo do ano, as crianças irão buscá-los diversas vezes e, aos poucos, tentarão realizar novas experiências com cada um deles. Nesse aspecto, a parceria do professor é muito importante. Mas não se deve impor regras ou rotular ações como certas ou erradas. Ao contrário: a mediação precisa estimular a curiosidade e a criatividade. Coloque questões como "Você gostou de batucar esse tambor?", "Por que encaixou esta peça aqui?" e "Quer pegar o aviãozinho?". Esse tipo de estímulo serve até mesmo para quem ainda não desenvolveu plenamente a fala.
Avaliação Observe os movimentos exploratórios da turma para encaminhar a atividade. Esse diagnóstico pode servir de base para a reorganização do ambiente - verifique, principalmente, se o conjunto de atividades favorece a mobilidade e a exploração - e para propor desafios individuais. É possível, por exemplo, estimular a experimentação perguntando: "O objeto com que você está brincando produz sons ao ser chacoalhado? Encaixa em outro maior? Abre uma portinha?" Faça anotações sobre o comportamento dos pequenos e, se possível, filme ou fotografe as interações com os jogos e com os amigos.
Durante o ano todo.
Material necessário Jogos de exercício variados, brinquedos de encaixar, instrumentos musicais, rolos ou blocos de espuma, bolas, material reciclável etc.
Desenvolvimento 1ª etapa
Ao conceber um espaço para receber jogos de exercício, dedique algum tempo para analisar a quantidade e a qualidade dos brinquedos disponíveis. Sobre a quantidade, é importante verificar se há material suficiente para todos. Nessa faixa etária, deve haver um bom número do mesmo tipo para que os pequenos possam explorar sozinhos ou compartilhar com os colegas - nesse último caso, em atividades que não exijam tempo de espera, adaptadas ao comportamento dessa faixa etária. Sobre a qualidade, os objetos devem ser feitos de materiais seguros, com tamanhos maiores que o da boca dos bebês aberta e com diferentes cores e texturas.
2ª etapa
Organize os brinquedos em cantos diferenciados, de acordo com a habilidade que cada um deles possibilita desenvolver. Por exemplo, colchões, almofadas e rolos num lado da sala, opções de jogos para encaixar e empilhar em outro e instrumentos em uma prateleira ao alcance da turma. Com o tempo, as crianças podem ajudar na reformulação dos ambientes. Para entender a mensagem delas, atenção ao modo como se comportam os pequenos. Se reparar que há um canto aonde ninguém vai - ou que deixou de ser popular depois de algumas semanas de diversão -, vale a pena reorganizar os materiais e acrescentar novos elementos.
3ª etapa
Quando começar o momento da brincadeira, investigue de que forma os materiais disponíveis são usados. Com base nas descobertas, devem surgir outras possibilidades de exploração. Aqueles que começam a reagir aos brinquedos com sons, por exemplo, vão adorar experimentar diferentes instrumentos. Já os que conseguem empilhar peças podem brincar com cubos de diversos tamanhos e, assim, testar cada vez mais os limites de equilíbrio de uma torre.
4ª etapa
Atenção à questão do tempo: os pequenos costumam demorar mais para se envolver com um brinquedo. Eles chegam perto, mexem um pouco, largam e voltam. A noção de permanência vem com a experiência. Por isso, é importante não mudar os jogos com muita freqüência. Ao longo do ano, as crianças irão buscá-los diversas vezes e, aos poucos, tentarão realizar novas experiências com cada um deles. Nesse aspecto, a parceria do professor é muito importante. Mas não se deve impor regras ou rotular ações como certas ou erradas. Ao contrário: a mediação precisa estimular a curiosidade e a criatividade. Coloque questões como "Você gostou de batucar esse tambor?", "Por que encaixou esta peça aqui?" e "Quer pegar o aviãozinho?". Esse tipo de estímulo serve até mesmo para quem ainda não desenvolveu plenamente a fala.
Avaliação Observe os movimentos exploratórios da turma para encaminhar a atividade. Esse diagnóstico pode servir de base para a reorganização do ambiente - verifique, principalmente, se o conjunto de atividades favorece a mobilidade e a exploração - e para propor desafios individuais. É possível, por exemplo, estimular a experimentação perguntando: "O objeto com que você está brincando produz sons ao ser chacoalhado? Encaixa em outro maior? Abre uma portinha?" Faça anotações sobre o comportamento dos pequenos e, se possível, filme ou fotografe as interações com os jogos e com os amigos.
domingo, 17 de novembro de 2013
domingo, 10 de novembro de 2013
Educar a criança com valores- A Amabilidade
Educar a criança com valores- A Amabilidade
Ser amável é ser carinhoso, afetuoso, gentil e tratar bem as outras pessoas
Ser amável significa ser digno de ser amado, ser carinhoso, afetuoso, gentil, cortês, agradável, afável, gracioso e risonho, além de saber servir e tratar bem às outras pessoas. Essas qualidades devem ser formadas nas crianças quando ainda são pequeninos. Ser amável também é estar atento, prestar atenção e respeito a todos os menos aptos, desvalidos e necessitados.
A amabilidade não nasce com a criança. Ela nasce impulsiva por natureza, e ser amável e cortês se aprende nas mais diversas atividades do dia a dia. As crianças assimilam as normas de comportamento social à medida que os adultos as ensinam e treinam a se comportarem de acordo com essas normas.
A criança aprende a ser amável
![Como ensinar as crianças para que sejam amáveis Como ensinar as crianças para que sejam amáveis](http://br.guiainfantil.com/uploads/educacao/amableG.jpg)
A amabilidade implica, por sua vez, na igualdade, no tratamento por igual a meninos e meninas, e a delicada cortesia uns com os outros. Assim aprenderão a ser corteses com todos os companheiros e companheiras e ajudá-los a qualquer momento.
As brincadeiras e contos infantis podem ajudar, e muito, na mensagem que se quer passar para as crianças. Seja em valores como paciência, integridade, amizade, como em todas as áreas da vida, as brincadeiras e jogos são uma estratégia para se conseguir isso. Mas não tem nada mais efetivo do que o exemplo do adulto para ensinar a amabilidade, por isso os pais devem ser modelos que as crianças aprenderão a imitar.
Como a criança pode aprender a ser amável
- Compartilhando momentos com os outros. Praticando atividades físicas coletivas, convidando os amigos para as festas de aniversário, fazendo tarefas escolares em equipe, compartilhando brinquedos com as demais crianças, ajudando as crianças que têm alguma dificuldade.
- Valorizando aos outros. Saudando as pessoas conhecidas, demonstrando afeto aos amiguinhos e amiguinhas da escola, levando algum presente para a professora, dividindo seu material escolar, brincando sem brigas com seus companheiros, dando de comer ao seu cachorrinho, agradecendo sua mãe pela comida deliciosa, acompanhando seus pais nas compras, oferecendo ajuda quando alguém necessita.
- Sorrindo e cumprimentando. É necessário que as crianças aprendam as palavras mágicas como 'bom dia', 'boa noite', 'obrigada'. Isso falará muito bem da criança. A criança que trata as pessoas com educação sempre será bem vinda.
- Sendo humilde, reconhecendo os seus erros e pedindo desculpas. Todo mundo erra e pode estar enganado. É preciso que as crianças aprendam a reconhecer os seus erros. Isso faz parte da humildade. Muitas crianças sao mais ou menos teimosas e tentam impôr a sua opinião, mesmo sem estar certo. As crianças devem aprender a pedir desculpas quando erram. Se elas estiverem cansadas ou aborrecidas, não têm porque descontar isso nas outras pessoas. TEm que aprender a ter controle sobre as suas emoçoes.
- Respeitando os outros, aos mais velhos e mais necessitados. O respeito à fragilidade dos demais é uma regra básica dentro la amabilidade. As crianças devem reconhecer, através dos seus atos, as necessidades dos mais velhos e das pessoas que tenham alguma dificuldade física, intelectual, etc. Deixar que os mais velhos entrem primeiro, ofrecer a sua cadeira para os mais necessitados, etc.
- Nao devem julgar a ninguém. Os pais devem ter cuidado ao fazer comentário sobre outras pessoas na frente dos filhos. A criança deve aprender a respeitar os outros e a não fazer comentários negativos sobre ninguém. Ninguém é perfeito e todos podemos errar.
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
O desenho das crianças
O desenho e o desenvolvimento das crianças
Os rabiscos ganham complexidade conforme os pequenos crescem e, ao mesmo tempo, impulsionam seu desenvolvimento cognitivo e expressivo
"Sabia que eu sei desenhar um cavalo? Ele está fazendo cocô."
"Vou desenhar aqui, que tem espaço vazio."
"O cavalo ficou escondido debaixo disso tudo!" Joana, 3 anos
Reprodução/Agradecimento Creche Central da Universidade de São Paulo (USP)
"Vou desenhar aqui, que tem espaço vazio."
"O cavalo ficou escondido debaixo disso tudo!" Joana, 3 anos
Reprodução/Agradecimento Creche Central da Universidade de São Paulo (USP)
No início, o que se vê é um emaranhado de linhas, traços leves, pontos e círculos, que, muitas vezes, se sobrepõem em várias demãos. Poucos anos depois, já se verifica uma cena complexa, com edifícios e figuras humanas detalhados. O desenho acompanha o desenvolvimento dos pequenos como uma espécie de radiografia. Nele, vê-se como se relacionam com a realidade e com os elementos de sua cultura e como traduzem essa percepção graficamente.
Toda criança desenha. Pode ser com lápis e papel ou com caco de tijolo na parede. Agir com um riscador sobre um suporte é algo que ela aprende por imitação - ao ver os adultos escrevendo ou os irmãos desenhando, por exemplo. "Com a exploração de movimentos em papéis variados, ela adquire coordenação para desenhar", explica Mirian Celeste Martins, especialista no ensino de arte e professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie. A primeira relação da meninada com o desenho se dá, de fato, pelo movimento: o prazer de produzir um traço sobre o papel faz agir. Os rabiscos realizados pelos menores, denominados garatujas, tiveram o sentido ampliado sob o olhar da pesquisadora norte-americana Rhoda Kellogg, que observou regularidades nessas produções abstratas (veja no topo da página o desenho de Joana, 3 anos, e sua explicação).Observando cerca de 300 mil produções, ela analisou principalmente a forma dos traçados (rabiscos básicos) e a maneira de ocupar o espaço do papel (modelos de implantação) até a entrada da criança no desenho figurativo, o que ocorre por volta dos 4 anos.
No período de produção de garatujas, ocorre uma importante exploração de suportes e instrumentos. A criança experimenta, por exemplo, desenhar nas paredes ou no chão e se interessa pelo efeito de diferentes materiais e formas de manipulá-los, como pressionar o marcador com força e fazer pontinhos. Essa atitude de experimentação tem valor indiscutível na opinião de Rhoda: "Para ela 'ver é crer' e o desenho se desenvolve com base nas observações que a criança realiza sobre sua própria ação gráfica", ressalta Rosa Iavelberg, especialista em desenho e docente da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), no livro O Desenho Cultivado da Criança: Práticas e Formação de Educadores. Esse aprendizado durante a ação é frisado pela artista plástica e estudiosa Edith Derdyk: "O desenho se torna mais expressivo quando existe uma conjunção afinada entre mão, gesto e instrumento, de maneira que, ao desenhar, o pensamento se faz". De início, a criança desenha pelo prazer de riscar sobre o papel e pesquisa formas de ocupar a folha.
Com o tempo, a criança busca registrar as coisas do mundo
Uma das principais funções do desenho no desenvolvimento infantil é a possibilidade que oferece de representação da realidade. Trazer os objetos vistos no mundo para o papel é uma forma de lidar com os elementos do dia a dia. "Quando a criança veste uma roupa da mãe, admite-se que ela esteja procurando entender o papel da mulher", explica Maria Lúcia Batezat, especialista em Artes Visuais da Universidade Estadual de Santa Catarina (Udesc). "No desenho, ocorre a mesma coisa. A diferença é que ela não usa o corpo, mas a visualidade e a motricidade." Esse processo caracteriza o desenhar como um jogo simbólico (veja abaixo o comentário de Yolanda, 5 anos, sobre seu desenho).
Uma das principais funções do desenho no desenvolvimento infantil é a possibilidade que oferece de representação da realidade. Trazer os objetos vistos no mundo para o papel é uma forma de lidar com os elementos do dia a dia. "Quando a criança veste uma roupa da mãe, admite-se que ela esteja procurando entender o papel da mulher", explica Maria Lúcia Batezat, especialista em Artes Visuais da Universidade Estadual de Santa Catarina (Udesc). "No desenho, ocorre a mesma coisa. A diferença é que ela não usa o corpo, mas a visualidade e a motricidade." Esse processo caracteriza o desenhar como um jogo simbólico (veja abaixo o comentário de Yolanda, 5 anos, sobre seu desenho).
![Reprodução/Agradecimento Creche Central da Universidade de São Paulo (USP)](http://revistaescola.abril.com.br/img/crianca/228-report-crianca2.jpg)
Muitos autores se debruçaram sobre as produções gráficas infantis, analisando e organizando-as em fases ou momentos conceituais. Embora trabalhem com concepções diferentes e tenham chegado a classificações diversas, é possível estabelecer pontos em comum entre as evolutivas que estabelecem. Pesquisadores como Georges-Henri Luquet (1876-1965), Viktor Lowenfeld (1903-1960) e Florence de Mèridieu oferecem elementos para a compreensão dos desenhos figurativos das crianças, destacando algumas regularidades nas representações dos objetos.
Desenhar é uma forma de a criança lidar com a realidade que a cerca, representando situações que lhe interessam.
Mais cedo ou mais tarde, todos os pequenos se interessam em registrar no papel algo que seja reconhecido pelos outros. No começo, é comum observar o que se convencionou chamar de boneco girino, uma primeira figura humana constituída por um círculo de onde sai um traço representando o tronco, dois riscos para os braços e outros dois para as pernas. Depois, essa figura incorpora cada vez mais detalhes, conforme a criança refine seu esquema corporal e ganhe repertório imagético ao ver desenhos de sua cultura e dos próprios colegas.
Uma das primeiras pesquisas dos pequenos, assim que entram na figuração, é a relação topológica entre os objetos, como a proximidade e a distância entre eles, a continuidade e a descontinuidade e assim por diante. Em seguida, eles se interessam em registrar tudo o que sabem sobre o modelo ao qual se referem no desenho, e é possível verificar o uso de recursos como a transparência (o bebê visível dentro da barriga mãe, por exemplo) e o rebatimento (a figura vista, ao mesmo tempo, por mais de um ponto de vista). Assim, a criança se aproxima das noções iniciais de perspectiva e escala, estruturando o desenho em uma cena, sem misturar na mesma produção elementos de diferentes contextos (veja abaixo a produção de Anita, 5 anos, que detém essas características).
![Reprodução/Agradecimento Creche Central da Universidade de São Paulo (USP)](http://revistaescola.abril.com.br/img/crianca/228-report-crianca3.jpg)
"Dá para ver a sua mãe dentro de casa?" Repórter
"Não, porque a porta parece um espelho. Só daria se a janela estivesse aberta." Anita
O desenho é espontâneo ou é fruto da cultura?
Entre os principais estudiosos, há uma cizânia. Há os que defendem que o desenho é espontâneo e o contato com a cultura visual empobrece as produções, até que a criança se convence de que não sabe desenhar e para de fazê-lo. E há aqueles que depositam justamente no seu repertório visual o desenvolvimento do desenho. Nas discussões atuais, domina a segunda posição. "A única coisa que sabemos ser universal no desenho infantil é a garatuja. Todo o resto depende do contexto cultural", diz Rosa Iavelberg.
Entre os principais estudiosos, há uma cizânia. Há os que defendem que o desenho é espontâneo e o contato com a cultura visual empobrece as produções, até que a criança se convence de que não sabe desenhar e para de fazê-lo. E há aqueles que depositam justamente no seu repertório visual o desenvolvimento do desenho. Nas discussões atuais, domina a segunda posição. "A única coisa que sabemos ser universal no desenho infantil é a garatuja. Todo o resto depende do contexto cultural", diz Rosa Iavelberg.
terça-feira, 5 de novembro de 2013
Educar, educar e educar...
Educar, educar e educar...
Educar, educar e educar...Por Regina Miranda* - Agenda Sustentável
O cuidado de agir, produzir e viver com um menor impacto social, ambiental e econômico é um caminho sem volta, rumo a uma nova forma de fazer as tarefas do dia a dia e, principalmente, de se relacionar com o planeta.
Quando passamos a conhecer práticas de sustentabilidade empregadas por diversas instituições e pessoas, percebemos que é fácil preservar o planeta apenas com a mudança de certas atitudes e posturas. A sustentabilidade é um assunto que apaixona. Sua prática deixa as pessoas perdidamente apaixonadas pela vida.
A Sustentabilidade nada mais é do que educação. Educação, conscientização, motivação e engajamento... E essa é uma das tarefas da Escola. Nas palavras de Vitor Henrique Paro, essa relação fica ainda mais evidente: “Para que isso não se perca, para que a humanidade não tenha de reinventar tudo a cada nova geração, fato que a condenaria a permanecer na mais primitiva situação, é preciso que o saber esteja permanentemente sendo passado para as gerações subsequentes. Essa mediação é realizada pela educação, entendida como a apropriação do saber historicamente produzido. Disso decorre a centralidade da educação enquanto condição imprescindível da própria realização histórica do homem”.
Ora, se passar esse conhecimento da sustentabilidade para as novas gerações é o papel da escola, por que as principais instituições de ensino do País ainda não possuem ações cuidadosamente definidas? Além disso, essas mesmas instituições deixam de poupar significativas quantias por não se preocuparem com a sustentabilidade de sua própria gestão. Percebo que simples ações muito efetivas, como implantar sistemas de gestão de energia e de água, conscientizar seus alunos e funcionários para um consumo cuidadoso dos insumos escolares, promover passeios junto à Natureza, a despeito de custosos roteiros turísticos, entre muitas outras, ainda são ignoradas.
Por intermédio de meu trabalho à frente do Agenda Sustentável (www.agendasustentavel.com.br), um site com a missão de conscientizar, compartilhar e disseminar as melhores práticas em sustentabilidade para as empresas e toda a sua cadeia de valor, reuni informações para sugerir ações simples de sustentabilidade para instituições de ensino que estejam preocupadas em cumprir seu importante papel com essa futura geração.
Primeiramente, as escolas poderiam se inspirar em cases de sucesso de grandes empresas. Posso citar inúmeras ações com resultados espantosos, perfeitamente replicáveis nas escolas, como a nomeação de Delegados do Meio ambiente (do Hospital Sírio-Libanês), que em dois meses gerou a destinação correta de toneladas de lixo; ou a ação de compartilhamento das melhores práticas de sustentabilidade pessoal de funcionários (Wal-Mart), gerando uma reação em cadeia de ações de outros funcionários; ou mesmo a ação simbólica de apagar as luzes por uma hora diária (Porto Seguro), que poupa energia suficiente para iluminar uma pequena cidade. Para os interessados, essas e muitas outras ações estão disponíveis para consulta no site Agenda Sustentável.
Outra iniciativa a ser tomada por parte das instituições de ensino é engajar seus professores e funcionários para esse importante tema. Rápidas ações de reciclagem/treinamento dos funcionários podem-se resultar na propagação eficaz de cuidados sociais e ambientais.
Também podem incluir alunos e suas famílias em ações de cuidado com a comunidade em torno da instituição. As escolas perdem a oportunidade de usar seus caros equipamentos quando ficam restritas a seus muros, trancadas. Quantas crianças menos favorecidas adorariam treinar na quadra poliesportiva que fica às moscas por todo o fim de semana? Os alunos poderiam ter parte dos resultados conjugada a ações extracurriculares de auxílio à comunidade, por exemplo.
Promover entre os alunos campanhas, gincanas e competições de reciclagem, de ações comunitárias, de doação de brinquedos, demonstrando, depois, os resultados, pode ser outra maneira eficaz e saudável de ensinar a eles a efetividade das pequenas ações realizadas em conjunto.
Há ainda inúmeras ideias, pequenas, grandes, longas e curtas que poderiam ser aplicadas nas escolas. Bastam um pouco de comprometimento com o assunto, organização e muita força de vontade. Sinto que estamos perdendo o timing para essas ações. Será que vamos deixar passar da hora para abordar esse assunto de
suma importância?
Quando o assunto é Sustentabilidade, ou, se preferir, amor pela vida e pelo planeta, todos podem e devem fazer a parte que lhes cabe. Quanto a mim, estou disposta a orientar e auxiliar quantas instituições estiverem interessadas em mudar sua atuação no mundo.
*Regina Miranda é um dos idealizadores do projeto Agenda Sustentável e um dos fundadores da Educacional Marketing e Editora Ltda. Sua carreira sempre foi pautada no segmento Educacional e pratica a sustentabilidade muito antes de ela ter esse nome.
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